Revi com estranho entusiasmo o anime ” The Ghost in Shell”, 1995 ‧ Fantasia/Mistério ‧ 1h 25m. Com estranho entusiasmo, porque ao revê-lo, lembrei-me daqueles idos de 1990 em que tudo aquilo posto na película era apenas fantasia de um futuro que mais parece um conto recheado de ficção de Philipe K. Dick, do que a expressão de que tudo aquilo viria ser a realidade da civilização humana.
Para um comparativo melhor, aproveitei, e assistir o filme de mesmo nome, com uma variante aqui no Brasil. O filme foi batizado de “Vigilante do Amanhã”. A protagonista é nada mais nada menos que a Viúva Negra, a jovem Scarlett Johansson.
Pois bem, não farei aqui um comparativo sobre os projetos, e sim, tratarei de um assunto dos mais abordados quando o gênero tratado é o Cyberpunk, o “Paradoxo do navio de Teseu”.
Teseu foi um grande herói Ateniense. Não há registro formais de que ele havia existido, no entanto, alguns historiadores supõem que ele governou Atenas entre 1234 e 1204 a.C., como consta na lista tradicional dos Reis de Atenas.
Mas passaremos para o Navio que é o que realmente importa aqui.
Imagine que você possui um barco de madeira e que conforme o tempo avança, você vai substituindo cada peça de madeira por outra, cada prego ou parafuso por outro novo. O objetivo é claro, consertar o barco para que ele continue sua função. Com o passar do tempo, outros materiais surgem e você percebe que o alumínio, o vidro e até o plástico são materiais mais duráveis, mais leves e com isso sua embarcação pode ser melhorada e percorrer em menos tempo grandes distâncias.
Um outro detalhe mais intrigante, imagine que alguém recolheu todas as peças que você substituiu ao longo do tempo e montou um barco igual ao que o seu era antes de passar pelas diversas substituições. E agora? Me responda, qual é o barco verdadeiro?
Essa é uma das inquietações no gênero Cyberpunk. As nossas peças vão sendo substituídas por peças melhores. Isso é chamado em Ghost in Shell de aperfeiçoamento. Há os que lutem contra essa mudança e se preservem integralmente “humanos”, mas há os que aceitam as melhorias e lançam mão delas a todo o instante.
No jogo de Tabuleiro HAMELIN: O incrível mundo do buraco de rato, assim como, no universo de Ghost in Shell, veremos muito este conflito. Em algumas vezes a ideia chega mesmo a oprimir o “humano” que se vê obrigado a implementar melhorias, em outras o simples desejo de ser melhor é abraçado sem pestanejar.
A personagem principal de Scarlett Johansson, a Major, vive esse conflito existencial, onde se perguntar frequentemente qual seu lugar no mundo e onde ela se encaixa, se no universo das máquinas ou nos humanos. O fato de ter sido preservado apenas o seu cérebro e reconstruído seu corpo, faz dela menos humana do que os outros?
De qualquer forma, o anime, assim como o quadrinho (Sim! Tivemos um quadrinho que fez muito sucesso e até hoje é cultuado pelos fãs), parecem ter previsto este cenário nascente, não totalmente da forma como é mostrada, mas em parte.
Em Hamelin, veremos ratos implementando melhorias cibernéticas em seus corpos para realizar as mais variadas missões. É diversão pura pautada em um paradoxo apresentado pelos gregos há mais de 3000 anos. Outras criaturas farão de tudo para te desconectar e tomar o controle. Se hackeado é um preço que você pode pagar por ter melhorias em seu corpo.
Hamelin: O incrível mundo do buraco de rato é um jogo de tabuleiro colaborativo, que utiliza rolagem de dados e cartas. Criado pelo escritor JJ ALVES, o jogo é baseado nas fábulas de Esopo, na teoria do monomito de Joseph Campbell e os antigos jogos de RPG que fizeram história no mundo. Hamelin é diversão para a família, amigos e empresas.
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Website oficial: www.jjalves.com.br